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Foto do escritorAdriana Liberato

Assim caminha a Liderança Feminina


A Revista Forbes acabou de publicar duas importantes Listas: The Forbes CIO Next List 2022, reconhecendo os 50 principais líderes de tecnologia que estão redefinindo o papel do CIO e impulsionando inovações revolucionárias e The Forbes Entrepreneurial CMO List 2022, uma lista inaugural, reconhecendo 50 dos CMOs mais empreendedores em marketing hoje.


A influência dos líderes CIO´s vai muito além da tecnologia. Eles se preocupam muito com a diversidade, com a sustentabilidade, estão muito engajados com a estratégia de negócios das empresas e determinados a gerar um grande impacto em questões importantes para a sociedade.


Desses 50 líderes, 15 são mulheres, ou seja, 30% do total. E elas estão à frente do setor de Tecnologia de empresas como a Boeing, Dell Technologies, Oracle, Pfizer, IBM, United Airlines e outras empresas dos segmentos de saúde e imobiliário.


Já a lista dos CMO´s levou em consideração a mentalidade e abordagem dos líderes de Marketing “cujo espírito empreendedor e ações estão ajudando a transformar não apenas suas marcas, mas o marketing, comércio e, muitas vezes, a própria cultura. Alguns trabalham com ícones centenários, enquanto outros estão em startups de dois anos. Eles estão construindo marcas e negócios em todos os setores, categorias e no mundo.” Desses 50 líderes, 29 são mulheres, representando 58% do total.


No ano passado a Forbes, juntamente com a plataforma Know Your Value de Mika Brzezinski, publicou uma lista de Mulheres acima dos 50 anos, a 50 Over 50, uma seleção de 50 mulheres empreendedoras, líderes, cientistas e criadoras que não estão deixando as expectativas da sociedade ditarem seus cronogramas profissionais. Após os 50 anos, elas estão alcançando suas maiores realizações e causando maior impacto à sociedade.


Todas essas listas demonstram como as mulheres, aos poucos, estão conquistando seu espaço no Mercado de Trabalho, chegando aos altos escalões das empresas, criando seus próprios negócios e redefinindo a forma de liderar.


Apesar do resultado da Pesquisa "Atitudes Globais pela Igualdade de Gênero" publicada em 2019 pela Ipsos MORI mostrar que três em cada 10 pessoas no Brasil (27%) admitirem que se sentem desconfortáveis em ter uma mulher como chefe, o Brasil atualmente supera o índice mundial de mulheres à frente de empresas de médio porte, com 34%, contra a média mundial de 29%.


Em contrapartida, as próprias mulheres prejudicam o avanço da Liderança Feminina no mercado de trabalho. O resultado de uma pesquisa de 2020 realizada pelo Bureau of Labor Statistics, mostrou que enquanto os homens se candidatam a vagas se tiverem apenas 60% das qualificações exigidas, as mulheres não se candidatam se não atenderem 100%.


O alto grau de exigência feminino acaba por prolongar a jornada do gênero em busca da liderança. Mesmo sendo maioria nas universidades e se preparando mais que os homens, em termos de estudo, muitas vezes as mulheres não acreditam que vão “dar conta do recado”, acham que não merecem estar onde estão e que a sorte teve um papel fundamental na ascensão da sua carreira profissional. E isso nada mais é que falta de confiança. É incrível como a Síndrome da Impostora vive à sombra do universo feminino.


“As mulheres acham que precisam estar prontas no primeiro dia. A verdade é: estamos todos descobrindo à medida que avançamos. Temos que igualar o campo de jogo e nos dar algum crédito.” - Lisa Osborne Ross, CEO dos EUA da Edelman


O interessante é que apesar da insegurança feminina, o estudo When Women Lead, Firms Win, da S&P Global Market Intelligence, publicado em 2019 descobriu que as empresas com CEOs e CFOs do sexo feminino são mais lucrativas e produziram desempenho superior no preço das ações em comparação com a média do mercado.


Nos 24 meses após a nomeação, as CEOs mulheres viram um aumento de 20% no impulso do preço das ações das empresas e as CFOs mulheres viram um aumento de 6% na lucratividade e retornos de ações 8% maiores. “As mulheres são a fonte de crescimento mais subutilizada que pode elevar as avaliações do mercado global”.


A pesquisa também mostrou que as empresas com alta diversidade de gênero em seu conselho de administração têm sido mais lucrativas e maiores do que as empresas com menor diversidade de gênero.


Diante de todo esse panorama, as empresas de capital aberto estão enfrentando uma pressão crescente dos investidores para melhorar a diversidade entre seus diretores, aumentar a representação de mulheres nos conselhos corporativos, em cargos de diretoria e na liderança executiva, bem como remuneração e mobilidade iguais para mulheres e pessoas de cor, ressaltando uma maior consciência da necessidade de abordar questões ambientais, sociais e de governança (ESG).

Pela 1ª vez na historia, estamos diante de uma oportunidade incrível para as mulheres que desejam ocupar posições de Liderança no mercado de trabalho. Inclusive com governos e órgãos reguladores cada vez mais atentos à representação feminina nas empresas.


Precisamos aproveitar esta oportunidade e, mais do que nunca, nos apropriar da nossa essência feminina que nos possibilitou desenvolver as tão desejadas soft skills - sociabilidade, flexibilidade, comunicação, empatia, organização, capacidade de pensar e agir em várias direções, compartilhamento de informações, inclusão e valorização do lado humano, e aliar tudo isso ao nosso investimento em conhecimento para transformar pra melhor as organizações e a sociedade em que vivemos. Não tem Sídrome de Impostora que dê conta disso tudo!





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